25 abril 2011

18 abril 2011

11 abril 2011

06 abril 2011

Viver ilhado??

Retirado daqui:

"Relacionamentos que incentivem crescimento são difíceis,
especialmente no início. O mundo nos ensinou a ser
independentes e a confiar somente em nós mesmos,
mas realmente não podemos nos dar ao luxo de fazer isto.

Robert Fulghum escreve sobre isto no livro dele,
“Tudo que eu realmente precisava saber eu aprendi
no Jardim de Infância”. Ele usa a analogia com
brincadeiras como “esconde-esconde”:

Em seu bairro de infância, existia alguma criança que
sempre se escondia tão bem, que ninguém poderia o achar?
Nós tínhamos. Depois de um tempo nós desistíamos dele e
saíamos, deixando-o “mofar” onde quer que ele estivesse.
Cedo ou tarde ele apareceria, todos furiosos porque nós
tínhamos desistido de procurar por ele. E ficávamos
furiosos porque ele não estava brincando do modo que o
jogo que era para ser jogado. Existe a parte de se ESCONDER
e também a de ACHAR, nós dizíamos. E ele diria que era
esconde-esconde, e não esconde-desiste, e nós todos
gritávamos com ele sobre quem fez as regras, e quem
precisou de quem... coisas assim. Esconde-esconde-grita.
Não tinha jeito, na próxima vez ele se esconderia
muito bem novamente. Tudo o que eu sei é que ele
ainda deve estar escondido em algum lugar.

Conforme eu escrevo isto, o jogo da vizinhança continua,
e só há uma criança debaixo de uma pilha de folhas no
jardim debaixo da minha janela. Ela está lá tem
bastante tempo, e todos os outros já foram encontrados,
e estão prestes a desistir. Já considerei ir até onde as
crianças estão, e contar onde ele está escondido. Pensei
também em botar fogo nas folhas para tirar-lo de lá.
Finalmente, eu gritei pela janela: “Seja encontrado moleque!".
Eu o assustei tanto que ele provavelmente fez xixi nas calças,
começou a chorar, e correu para casa para falar com a mãe dele.
É realmente difícil de saber como ser útil às vezes.

Um homem que eu conheço foi diagnosticado ano passado
com um câncer terminal. Ele era médico e sabia bem o que
era morrer, e ele não queria fazer sua família e amigos sofrem
por causa dele. Assim ele guardou seu segredo. E morreu.
Todos diziam como ele era valente ao agüentar todo seu
sofrimento em silêncio e não falar a ninguém, e assim por
iante. Secretamente, seus familiares e amigos diziam quão
furiosos estavam, pois ele não precisou deles, não confiou na força
deles. E doeu por ele não ter dito adeus.
Ele se escondeu bem demais. Ser achado o teria mantido no jogo.
Escondeesconde, versão adulta. Querendo se esconder.
Necessitando ser encontrado. Confuso sobre ser encontrado:
"Eu não quero que ninguém saiba. O que as pessoas
pensarão? Eu não quero incomodar ninguém".

Melhor que esconde-esconde, eu gosto de um jogo chamado
Sardinhas. Em Sardinhas, uma pessoa é escolhida e se
esconde e todo o mundo vai a sua procura.
Quando você a encontra, você se esconde lá com ela.
Rapidamente todos estão se escondendo juntos, todos
empilhados em um lugar pequeno como filhotes de
cachorro em uma pilha. E logo, alguém dá uma risada
e todos começam a rir e são encontrados.

Alguns teólogos medievais descrevem Deus como o jogo
de esconde-esconde. Entretanto eu penso que Deus gosta
de jogar Sardinhas. E Ele será encontrado do mesmo modo
que todos são encontrados em Sardinhas, pelo som das risadas
daqueles que estão amontoados no final. "Olly-Olly-Oxen-Free!"

As crianças na rua estão cantando, mas na realidade querem
dizer: "Apareça, onde quer que você esteja. Vai começar um
jogo novo". E assim digo a todos aqueles que estão se
escondendo bem demais: Seja encontrado moleque!
Olly-Olly-Oxen-Free."